Tormento da Ansiedade

“Muitos de nossos medos estão atrelados a precauções ultrapassadas; por isso, tantas vezes, um indivíduo responde a estímulos de maneira que prejudica; assim, questionar crenças pode ajudar a evitar fobias e inquietações exageradas” (MENTE e CéREBRO, s/d, p. 24).

A Era da Informação é uma Era atual, contemporânea, conhecida como a Era da Ansiedade onde, em meio às inúmeras ofertas, incluindo os diversos tipos de mídias, as mais diferentes tecnologias, necessidade que indivíduos ou famílias ganhem mais para consumir e gastar mais, novas exigências e padrões sociais que a sociedade impõe como parâmetro ideal se transformam fontes geradoras de ansiedade em algum grau, produzindo desequilíbrio tanto no sujeito como na sociedade em geral.

A fase da ansiedade surge em uma das fases do alarme, resistência ou exaustão, pelas quais o organismo humano irá passar, apresentando sintomas externos, internos e claramente visíveis, em alguns casos mais adiantados, como prevenção ou demonstração que algo não está bem no organismo, incluindo o corpo e a mente.

Fase I (alarme): o organismo tem uma excitação de agressão ou fuga ao estressor, que pode ser entendida como um comportamento de adaptação. Nos dois casos, reconhece-se uma situação de reação saudável ao estresse, por possibilitar retorno à situação de equilíbrio após uma experiência estressante, é caracterizada pelos sintomas: taquicardia, tensão crônica, dor de cabeça, sensação de esgotamento, hipocloremia, pressão no peito, extremidades frias e outros.

Fase II (resistência): havendo persistência na fase de alarme o organismo altera os parâmetros de normalidade e concentra a reação interna em um determinado órgão-alvo, desencadeando a Síndrome de Adaptação Local (SAL). Nessa fase ocorre a manifestação de sintomas na esfera psicossocial, como ansiedade, medo, isolamento social, roer unhas, oscilação do apetite, impotência sexual e outros.

Fase III (exaustão): nessa fase o organismo já se encontra extenuado pelo excesso de atividades e alto consumo de energia, aqui, ocorre a falência do órgão mobilizado na SAL, se manifestando sob forma de doenças orgânicas.

A ansiedade clínica é considerada a “mais grave” quando comparada a outras preocupações do cotidiano. Existem seis tipos de transtornos da ansiedade mais conhecidos: fobia específica, transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de ansiedade social (TAS), fobia social e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A pessoa que apresenta alguns desses distúrbios se descobre incapaz de trabalhar eficazmente, de desfrutar de uma vida social saudável, de viajar ou manter relações afetivas estáveis.

Geralmente, não conseguem ter um sono reparador, fogem de multidões, em participar de reuniões, de permanecer em espaços abertos, não toleram desordem, bagunça, tumulto ou confusão, cuja tendência é tornar-se clinicamente deprimido, passando a impressão de sofrer de condições debilitantes, com probabilidade de fazer uso de álcool. Está associado a problemas cardíacos, hipertensão, desconforto gastrointestinal, doenças respiratórias, diabetes, asma, artrite, problemas de pele, fadiga, outros sintomas e patologias. Ressalta-se que nem mesmo as crianças escapam da ansiedade e cerca de (16%) dos casos diagnosticados tem seu início durante a infância. Os níveis de ansiedade geral têm aumentado vertiginosamente nos últimos 50 anos.

O divórcio tem sido muito mais comum, as famílias estão mais divididas e espalhadas, vivendo em um meio conturbado. As comunidades locais se tornaram menos coesas, dispersas pela mobilidade econômica, além dos locais de compras e entretenimento serem cada vez mais distantes e fechados, impossibilitando um viver saudável e livre do tédio, transformando-se em ansiedade cada vez mais crescente.